"Animação Cultural" de Vilém Flusser

  

A humanidade com o seu complexo de inferioridade tem a necessidade da supremacia ligado a ideia do domínio de quase tudo, inclusive dos objetos. Porém, o texto revela que pode ser ao contrário. O atual cotidiano da sociedade exemplifica como há uma dependência pelos seres inanimados, seja ela individual ou coletivo, tornando-nos revéns dos mesmos, indo em contrapartida com a forte ideia do antropocentrismo, ao invés do homem no centro de todas as coisas os objetos detém essa centralidade. Muitas vezes, passando despercebidos, estes moldam a vigente realidade e até mesmo a qualidade de vida da população. Com isso, há um aumento significativo da subordinação das pessoas por esses seres por meio do acelerado avanço tecnológico atual. 
Há ainda ao longo do texto, a desconstrução da ideia de que os objetos estão a mercê da humanidade. Um fato descrito nessa passagem que comprove isso é quando salienta que só foi possível o avanço da ciência no século XIX por meio dos aparelhos. Além disso, a composição ressalta, mediante a um mito, a criação do homem por meio do barro, posteriormente a alusão ao tijolo, um objeto. 
Conclui-se então que esses seres, ainda que criações humanas, tem liderado a forma de vivência atual comprovando a seguinte frase do texto: "o homem vive em função do objeto" e que estão presentes desde o primórdio e o desenvolvimento da humanidade no mundo.

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